Metas internacionais de segurança do paciente

Maximizando a Performance e Precisão na Prática

Introdução

A segurança do paciente é um componente essencial da assistência à saúde e tem recebido uma atenção crescente nas últimas décadas. Erros médicos, eventos adversos e outras falhas na prestação de cuidados podem ter consequências graves, levando a complicações evitáveis, prolongamento de internações hospitalares, incapacidades permanentes e até óbitos. A fim de mitigar esses riscos e promover uma assistência mais segura, a Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente com a Joint Commission International (JCI), estabeleceu as 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente.

Essas metas foram desenvolvidas com o objetivo de reduzir as principais causas de danos evitáveis nos sistemas de saúde ao redor do mundo. A implementação dessas diretrizes por hospitais e profissionais da saúde visa minimizar os riscos de erros, melhorando a qualidade dos cuidados oferecidos aos pacientes.

As seis metas são:

  1. Identificação Correta do Paciente
  2. Melhoria da Comunicação entre os Profissionais de Saúde
  3. Melhoria da Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos
  4. Cirurgia Segura: Realizar Procedimentos no Local de Intervenção Correto, com o Paciente Correto
  5. Redução do Risco de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde
  6. Redução do Risco de Danos Decorrentes de Quedas

Cada uma dessas metas reflete áreas críticas onde falhas no processo de cuidado podem resultar em danos graves. Elas servem como um guia essencial para que as instituições de saúde estabeleçam práticas padronizadas de prevenção, diagnóstico e tratamento que maximizem a segurança dos pacientes.

1. Identificação Correta do Paciente

A primeira meta se refere a garantir que o paciente seja corretamente identificado antes de qualquer procedimento, seja ele clínico, medicamentoso ou cirúrgico. Erros de identificação podem levar a trocas de pacientes, administração de medicamentos ou tratamentos incorretos, e até cirurgias em locais errados. Por isso, é fundamental que as instituições de saúde implementem mecanismos eficazes de identificação, como o uso de pulseiras com nome e data de nascimento, dupla conferência de dados e confirmação verbal.

Boas práticas de Identificação Correta do Paciente:

  • Utilização de pelo menos dois identificadores, como nome completo e data de nascimento.
  • Reforço da verificação da identificação do paciente em todas as etapas de tratamento.
  • Proibição do uso de identificadores genéricos, como “paciente desconhecido” ou “leito X”, sempre que possível.
  • Envolvimento ativo do paciente, solicitando que ele confirme sua identidade antes da administração de qualquer medicamento ou procedimento.

Exemplo de erro evitável: Um hospital relatou um caso em que dois pacientes com nomes muito semelhantes estavam internados na mesma enfermaria. Um deles foi submetido a um exame invasivo destinado ao outro, resultando em complicações desnecessárias. A implementação de identificadores adicionais, como a confirmação da data de nascimento, teria evitado o erro.

2. Melhoria da Comunicação entre os Profissionais de Saúde

A segunda meta aborda a necessidade de melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde, uma das principais causas de erros médicos. Informações incorretas ou incompletas podem levar a falhas graves, como a administração de medicamentos errados ou a realização de procedimentos inadequados. Protocolos claros de comunicação, tanto verbais quanto escritos, são essenciais para assegurar que as informações sejam transmitidas de forma precisa e no tempo adequado.

Boas práticas de Comunicação entre Profissionais de Saúde:

  • Adoção do protocolo SBAR (Situação, Background, Avaliação, Recomendação) para padronizar as trocas de informações críticas.
  • Uso de checklists para a passagem de plantão, garantindo que informações importantes sobre o paciente não sejam esquecidas.
  • Implementação de um sistema de notificações formais, como relatórios escritos ou mensagens eletrônicas, para evitar mal-entendidos em comunicações verbais.
  • Incentivo à cultura de comunicação aberta e assertiva, onde todos os profissionais se sintam à vontade para questionar e confirmar informações.

Exemplo de erro evitável: Uma comunicação inadequada entre a equipe de enfermagem e os médicos em um hospital resultou na administração de uma dose excessiva de medicamento para um paciente. A dose correta foi verbalmente transmitida, mas não foi registrada de forma adequada no prontuário do paciente, o que levou ao erro. A implementação de relatórios formais e checklists teria evitado o problema.

3. Melhoria da Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos

O manejo seguro de medicamentos é uma das áreas mais críticas na segurança do paciente, pois envolve múltiplos processos, desde a prescrição até a administração. Erros relacionados a medicamentos, como doses incorretas, uso de substâncias erradas ou incompatibilidades medicamentosas, podem causar reações adversas graves ou até a morte. Esta meta visa padronizar e reforçar as práticas que promovem a segurança na medicação.

Boas práticas na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos:

  • Implementação de sistemas eletrônicos de prescrição, que reduzem erros de transcrição e fornecem alertas sobre interações medicamentosas ou doses fora dos padrões recomendados.
  • Rotulagem clara e precisa de todos os medicamentos, incluindo a validade, a dose e as instruções de administração.
  • Treinamento contínuo das equipes de saúde sobre as melhores práticas de administração de medicamentos.
  • Utilização de protocolos de dupla checagem, especialmente para medicamentos de alto risco, como anticoagulantes, insulinas e quimioterápicos.

Exemplo de erro evitável: Um paciente hospitalizado recebeu uma dose muito maior de um medicamento quimioterápico do que a indicada, resultando em efeitos colaterais graves. O erro ocorreu porque a dose foi prescrita manualmente sem revisão por um sistema eletrônico que pudesse alertar sobre o excesso. A adoção de um sistema de prescrição eletrônica e a checagem dupla poderiam ter prevenido o erro.

4. Cirurgia Segura: Realizar Procedimentos no Local de Intervenção Correto, com o Paciente Correto

A segurança cirúrgica é uma área prioritária, dado o risco inerente dos procedimentos invasivos. A quarta meta enfatiza a importância de realizar as cirurgias corretas, nos pacientes corretos e nas áreas corporais corretas. Os erros de local, procedimento ou paciente continuam a ser uma causa preocupante de danos evitáveis, muitas vezes resultando em complicações graves e desnecessárias.

Boas práticas para Cirurgia Segura:

  • Realização do “time out” antes de qualquer procedimento cirúrgico, momento em que toda a equipe verifica os dados do paciente, o local da cirurgia e o procedimento a ser realizado.
  • Uso de marcações claras no corpo do paciente para identificar o local da cirurgia.
  • Envolvimento do paciente, quando possível, na confirmação das informações.
  • Revisão rigorosa dos documentos cirúrgicos e dos prontuários antes da intervenção.

Exemplo de erro evitável: Uma cirurgia foi realizada na perna errada de um paciente, resultando em uma amputação desnecessária. A falha ocorreu porque a perna correta não foi marcada antes do procedimento e o “time out” não foi conduzido adequadamente. A adesão estrita a protocolos de verificação teria prevenido o erro.

5. Redução do Risco de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde

As infecções hospitalares são uma das principais complicações associadas aos cuidados de saúde, muitas vezes resultando em aumento do tempo de internação e piora do prognóstico. A quinta meta visa a implementação de medidas rigorosas de controle de infecções para reduzir a incidência dessas infecções, especialmente as associadas a dispositivos invasivos como cateteres, sondas e ventiladores.

Boas práticas de Prevenção de Infecções:

  • Higienização correta das mãos por toda a equipe de saúde, de acordo com as diretrizes da OMS.
  • Uso adequado de barreiras estéreis durante procedimentos invasivos.
  • Manutenção de ambientes hospitalares limpos e adequadamente desinfetados.
  • Monitoramento e controle rigoroso do uso de antibióticos para evitar a resistência antimicrobiana.

Exemplo de erro evitável: Um paciente em uma unidade de terapia intensiva desenvolveu uma infecção relacionada ao uso prolongado de um cateter central. A infecção poderia ter sido evitada com a remoção oportuna do dispositivo, conforme protocolos clínicos que determinam revisões periódicas da necessidade de dispositivos invasivos.

6. Redução do Risco de Danos Decorrentes de Quedas

A última meta está focada em prevenir quedas, um evento comum, especialmente entre pacientes idosos e debilitados. Quedas podem causar fraturas, hemorragias e outros traumas que complicam o tratamento de saúde, prolongam a hospitalização e reduzem a qualidade de vida dos pacientes.

Boas práticas para a Prevenção de Quedas:

  • Avaliação regular do risco de queda para todos os pacientes, com base em fatores como idade, mobilidade e uso de medicações que afetem o equilíbrio.
  • Implementação de medidas preventivas, como o uso de barras de apoio, camas ajustáveis, pisos

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